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MEC debate uso da inteligência artificial nas escolas brasileiras

O avanço da tecnologia nas escolas é irreversível, e o Ministério da Educação (MEC) está atento aos impactos que ferramentas como a inteligência artificial (IA) podem trazer. A ideia é usar a tecnologia para potencializar o aprendizado, e não para facilitar caminhos que prejudiquem a formação dos alunos.

O ministro da Educação, Camilo Santana, destaca que a discussão sobre IA já faz parte das pautas do MEC. O objetivo é garantir que essas ferramentas sejam utilizadas de forma pedagógica, sem comprometer o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.

Segundo ele, a IA não deve ser um recurso que substitui o raciocínio dos alunos, como na geração automática de textos ou tarefas. Pelo contrário, a tecnologia precisa ser aliada na melhoria da qualidade da aprendizagem, estimulando o pensamento crítico e a autonomia.

O tema está sendo integrado às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), que orientam a organização pedagógica nas escolas de todo o país.

MEC debate uso da inteligência artificial nas escolas brasileiras
Imagem Ilustrativa/Internet

Desafios e responsabilidade com a IA

O debate não se limita à aplicação da tecnologia, mas também à forma como ela pode impactar o comportamento social e ético dos estudantes. O ministro alerta sobre o risco da disseminação de fake news, discursos de ódio e o uso indevido das redes sociais.

Conselho Nacional de Educação (CNE) reforça a necessidade de criar normas que regulamentem o uso da IA nas escolas, garantindo um ambiente educacional seguro, inclusivo e alinhado aos princípios de qualidade e equidade.

Dessa forma, o MEC também investe na formação de professores e gestores, para que eles conheçam e saibam aplicar as ferramentas tecnológicas de forma consciente, sempre priorizando o desenvolvimento integral dos alunos.

Celulares em sala de aula: limites e propósitos

Outra medida importante adotada recentemente foi a Lei nº 15.100/2025, que proíbe o uso de celulares durante as aulas, recreios e intervalos na educação básica. O objetivo é claro: reduzir a dispersão, melhorar a convivência e proteger a saúde mental dos estudantes.

Apesar da restrição, a lei permite o uso dos dispositivos em situações pedagógicas, de acessibilidade, emergências ou necessidades específicas.

Camilo Santana ressalta que, desde a implementação da lei, é visível a mudança no ambiente escolar. Os alunos passaram a interagir mais, retomando atividades como esportes, brincadeiras e conversas durante os intervalos.

O papel das famílias na educação digital

O ministro também chama a atenção para o papel essencial das famílias nesse processo. A conscientização sobre o uso equilibrado das tecnologias não deve se restringir à escola. Pais e responsáveis precisam estar atentos à exposição dos filhos ao ambiente digital.

Camilo alerta que, embora os jovens estejam fisicamente seguros em casa, o ambiente virtual pode representar riscos significativos, como acesso a conteúdos inadequados, cyberbullying e aliciamento online.

Por isso, o Brasil segue exemplos de países como Espanha, Suíça, Portugal e Austrália, que também adotaram restrições no uso de celulares nas escolas, visando o bem-estar e o desenvolvimento sócioemocional dos estudantes.

Educar para o futuro, com responsabilidade

Com isso, o MEC se posiciona de forma clara, a tecnologia é uma aliada da educação, desde que usada de forma responsável, ética e consciente. O desafio está em equilibrar os avanços tecnológicos com a formação humana, cidadã e crítica.

E você, o que pensa sobre o uso de inteligência artificial nas escolas?

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Fonte Diariodonordeste
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